Contas do Palmelense aprovadas mas com votação incerta

A última Assembleia Geral do Palmelense Futebol Clube ficou marcada pela aprovação do relatório de contas referente ao ano de 2018, mas também por alguma incerteza quanto...

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A última Assembleia Geral do Palmelense Futebol Clube ficou marcada pela aprovação do relatório de contas referente ao ano de 2018, mas também por alguma incerteza quanto à votação.

Depois das contas terem sido reprovadas em Março, João Paulo Santos, presidente do clube de Palmela, acabou por apresentar aos sócios, na passada sexta-feira, um relatório de contas, mais explícito, embora com algumas falhas, levando mais uma vez os sócios Carlos Valente e Susana Valente, a colocarem questões relativamente à forma como as contas haviam sido apresentadas.

A votação para aprovação do documento, também foi um dos momentos altos da noite ao apresentar um total de 71 sócios que haviam assinado o livro de presenças da Assembleia, contudo no momento da votação e depois de dois sócios terem abandonado a sala a referida votação registou 44 votos a favor, 15 contra e 12 abstenções, perfazendo desta forma as mesmas 71 presenças, sendo que uma delas foi de uma associada menor de idade, que depois de uma explicação de Mário Nery, presidente da Mesa da Assembleia Geral, de que “os sócios menores de idade não poderiam votar”, a mesma acabou por exercer o seu direito de voto, situação que Mário Nery considerou que “não alteraria o resultado da votação”, mas que o JPN sabe que vai contra os estatutos do clube.

Também Sónia Diogo, que explora o bar do Complexo Desportivo Municipal de Palmela, que até então tem estado nas mãos do Palmelense, lamentou os “vários assaltos” que têm ocorrido daquele bar, e questionou: “se o protocolo entre o Palmelense e a Palmela Desporto até hoje não foi assinado, pertencendo aquele espaço à Palmela Desporto. Se paguei rendas ao Palmelense desde o início da época e até ao final de Janeiro, período que me foi pedido para não continuar a pagar, em virtude de não estar decidido a quem pertencia o espaço, como é possível o Palmelense continuar a receber rendas de uma coisa que não lhe pertence? Onde foi empregue esse dinheiro?”

“Parece-me desonesto e pouco leal a forma como a direcção do Palmelense está a tratar este assunto”, rematou Sónia Diogo.

 

Suspeita sob Teresa Monteiro foi arquivada

 

Após a leitura da acta, onde está retratada a suspeita que durante meses recaiu sobre a sócia Teresa Monteiro, de que a mesma havia furtado uma avultada verba ao Palmelense, o presidente do clube, João Paulo Santos, pediu para que o documento fosse alterado, afirmando que “o inquérito à associada ainda não tinha sido iniciado”. Factos que foram esclarecidos por Mário Nery ao afirmar que ” o inquérito iniciou-se, imediatamente, após o contacto do senhor presidente da direcção, no dia 14 de Dezembro de 2018. Portanto, a única coisa que ficou em dúvida foi que o Conselho Fiscal, poderia recorrer a uma auditoria externa para poder ajudar à decisão”.

“Não posso partilhar aquilo que é dito, porque a ser verdade então seria muito pior se isso de facto, ao dia de hoje, fosse assim”, adiantou Mário Nery afirmando que “se o senhor presidente da direcção quiser manter a posição de que ainda não há inquérito para mim é uma surpresa absolutamente censurável”.

Depois de a sócia Teresa Monteiro ter questionado a mesa sobre “quais as diligências que haviam sido tomadas com vista a apurar a veracidade dos factos”, João Paulo Santos  apenas referiu que “o inquérito havia sido arquivado”, sem ter prestado qualquer esclarecimento relativamente aos factos que levaram ao arquivamento e sem que a direcção do Palmelense, apresentasse qualquer pedido de desculpas publico e formal à associada Teresa Monteiro, relativamente às suspeitas que recaíram sobre si.

 

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